VANTAGENS E DESVANTAGENS DA EMPRESA FAMILIAR
- Nilson Andrade Jr.
- 1 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de set. de 2020
A participação e influência de membros da família no negócio, seja direta ou indiretamente, em maior ou menor grau, pode beneficiar ou prejudicar a empresa. Esse antagonismo é intrigante. Alguns autores concluem que o sucesso de empresas familiares está ligado a um ativo intangível oriundo das competências, valores éticos e morais do fundador, os quais se tornam as diretrizes organizacionais. Por outro lado, alguns outros acreditam que a intromissão de dinâmicas familiares nos relacionamentos e decisões do negócio retarda o avanço do profissionalismo do comportamento empresarial, assim como, cria níveis de tensão, confusão, raiva e desespero que tem potencial de destruir boas empresas e famílias sadias.
Pode-se dizer, portanto, que a presença da família no negócio traz vantagens e desvantagens intrínsecas a esse tipo de organização. Algumas vantagens, como a independência de ação em comparação a burocracia imposta sobre as companhias de capital aberto, a cultura familiar única e a especialização no negócio, ou seja, conhecimento profundo do empreendimento. Já as desvantagens são, por exemplo, a falta de coesão familiar, o que é expresso na transferência das relações familiares ao sistema de negócio, o nepotismo que dificulta a atração de profissionais, a tendência autocrática e dominadora do fundador, contendo a mudança e ameaçando a continuidade do negócio, e, por fim, a carga financeira representada pelo alto custo da família sobre o negócio.
Visando facilitar a exposição das várias vantagens (forças) e desvantagens (fraquezas) das empresas familiares encontradas na literatura, elaborou-se a Tabela 1.
TABELA 1 - Vantagens e desvantagens da empresa familiar



Fonte: Adaptado de Grzeszczeszyn & Machado (2009) e Belmonte & Freitas (2013).
E ai, pessoal! Algumas dessas vantagens ou desvantagens tem se mostrado presente no dia a dia da sua empresa? Quais consequências elas têm causados? Compartilhem com a gente!
Autor: Nilson Andrade Jr.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELMONTE, V. A., FREITAS, W. R. Empresas familiares e a profissionalização da gestão: estudo de casos em empresas paulistas. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 6, n. 1, p. 71-90, Jan./Mar. 2013. Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/reaufsm/issue/view/234>. Acesso em: 28 Jun 2020
GERSICK, K et al. De geração para geração: ciclos de vida das empresas familiares. 4. Ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2017.
GRZESZCZESZYN, G.; MACHADO, H. V. Empresas familiares do setor moveleiro e desenvolvimento local em Guarapuava – PR. v. 16. n. 51. p. 749-769. Salvador, oct/dez 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/osoc/v16n51/08.pdf>. Acesso em: 29 Jun 2020.
MATESCO, K. A problemática da sucessão em empresas familiares e a instrumentalização da governança corporativa: um estudo de caso. Dissertação (mestrado) – Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas. 81 f. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/12275/dissertacao_mex_versao_final_completa.pdf>. Acesso em: 28 Jun 2020
SILVA, R. L.; MICHEL, M. H. Sobrevivência da Empresa Familiar. In: EGEPE - Encontro de Estudos sobre Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 7, 2012, Florianópolis. Anais do VII EGEPE, Florianópolis: Anegepe, mar. 2012. Disponível em: < http://www.anegepe.org.br/javabusca/files/t16720100089_1.pdf >. Acesso em: 27 Jun 2020
VRIES, M. K. de. Desafios e Riscos ao se Dirigir uma Empresa Familiar. Inc: ÁLVARES, Elismar (Org.) Governando a Empresa Familiar. Rio de Janeiro: Qualitymark; Belo Horizonte: Fundação Dom Cabral, 2003. p.47-65.
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